domingo, 7 de abril de 2013

PO.ZEIRO NA MERDA!




Meus nobres e desiludidos companheiros, a estória de hoje representa provavelmente a maior injúria que um ser humano pode sofrer nessa nossa efêmera existência, depois do chifre, é claro. Mas, enfim, sempre devemos tomar as desgraças alheias como lição para que o mesmo não nos ocorra. 

 

Esse é o tipo de caso que todos os novinhos de PM deveriam ler para verem a complexidade de nosso labor e as desditas que dele pode nos advir.

 

O herói dessa estória era um policial como qualquer outro, mas com uma pequena diferença: era nervoso e intransigente. Sempre queria as coisas da maneira dele. Depois que virou cabo então, a coisa piorou. Quando ele dava a ordem para um paisano, se o paisano titubeasse, ou pensava em ponderar, ele ficava enraivecido e, incontinenti, dependendo da gravidade da “folga” do elemento, a mãozada descia no pé da orelha.

 

E como sua maneira de agir sempre dera certo, ele não via motivo para mudar seu modus operandi.

 

Mas vamos com a estória. Tudo aconteceu num malfadado dia em que ele comandava uma guarnição de POzeiros. Então uma paisana passou por ele e lhe informou que havia um elemento procedendo em “gestos obscenos” nas imediações.

 

Bem, se esse elemento está fazendo esse tipo de coisa à vista de todos, pensou ele, muito provavelmente faz coisa muito pior às escondidas. Então, seu já espírito irascível ganhou uma dose extra de cólera, que o fez ferver por dentro.

 

Depois de andar pouca coisa, viu a criatura. Estava em uma área verde de cócoras com as nádegas expostas, e não parecia muito preocupado em ocultar suas vergonhas. Nesse momento, nosso encolerizado cabo parecia até que soltava fumaça pelo nariz. Então começou a andar na direção do cidadão e gritando para ele se vestir imediatamente. Mas o elemento permanecia imóvel, mesmo com os impropérios e imprecações de nosso graduado.

 

Bem, com relação aos outros da guarnição, conta a história que tentaram de toda maneira dissuadir o cabo de se aproximar do elemento, mas foi em vão. Ele chegou ao lado do obceno, tocando rispidamente no ombro dele perguntou se não o estava ouvindo. O despreocupado cidadão, repeliu a mão do cabo com um tapa e fez uma careta do tipo “se toca maluco!”

 

Nosso cabo não teve dúvidas, era desacato! Então quando puxou uma mão do elemento para algemá-lo, a outra veio cheia de excremento em direção a seu rosto. Então se iniciou uma batalha lancinante. Enquanto nosso cabo lutava para imobilizar o elemento, tinha a preocupação extra de se desvencilhar daquela substancia repugnante, que por essas tantas, já estava em toda sua farda e rosto.

 

Depois de uma batalha homérica em que rolaram no chão no chão por quase 2 minutos, pois o defecador era relativamente forte, nosso comandante finalmente o algemou. Enquanto isso, o restante da guarnição assistia a tudo de longe, tapando o nariz, sem ousar chegar perto.

 

E como miséria pouca é bobagem, quando uma viatura chegou para apoiar, se recusaram a colocar o evacuador no cubículo, posto que estava todo melado daquela substancia asquerosa e com um odor hediondo. Então, a muito contragosto do cabo, tiveram que liberar ali mesmo o doido.

 

Após esse ato de heroísmo e dedicação ao serviço policial, dizem que nosso intrépido cabo ficou umas duas horas se lavando com sabão e álcool em gel, no banheiro de um postinho; e teve de esperar sua pusilânime guarnição ir comprar outro uniforme, pois o antigo estava imprestável.

 

AVANTE PRAÇAS UNIDOS!

 

NÃO TEMOS TEMPO DE TER MEDO!

 

Autor El Cid

 

 

 

Diário de PM/BM


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