Infelizmente esse foi o grito de guerra ouvido por
muitos policiais ao saírem de uma abordagem mal coordenada, mal elaborada que
tinha tudo para acabar em coisa pior. Todas as cidades do Distrito Federal têm
seu caldeirão, locais onde festas, pagodes, shows e afins unem 200, 300 ou até
mais pessoas. A maioria dos trabalhadores curtindo um som, uma bagunça, mas no
meio de traficantes, batedores de carteira e congêneres.
Nós como policiais não podemos compactuar com a
bandidagem agindo por aí, mas daí a um comandante de 4 estrelas achar que com
aproximadamente 20 policiais pode acabar com um pagode de mais de 300
pessoas, onde boa parte já se encontra alcoolizado na boa tem uma distância
muito grande. Vários aspectos de uma abordagem foram desconsiderados o que
trouxe riscos para todos os envolvidos.
SUPERIORIDADE
NUMÉRICA é algo que aprendi há muitos anos no curso de
soldado, quando para nossa segurança nos explicam que sempre temos que estar em
maior número, ou em casos excepcionais podemos agir em menor número mas aí os
riscos são maiores e a ação dos COMBATENTES tem que ser mais vigorosa para os
abordados nem pensarem em reagir.
Agora 10 a 15 abordados para cada policial é uma
conta facilmente identificada como furada. Não se tratava de calamidade nem
flagrante delito, ninguém corria risco de morte, então eu que humildemente sou
apenas um PM COMBATENTE creio que poderia ser abortada a tal abordagem, ou
apenas retardada até a convocação e chegada de mais policiais.
Quem trabalha nas ruas descobre que certas coisas
darão erradas só por uma avaliação preliminar do cenário, mas aí que deve morar
o problema dessa abordagem ao pagode, tem que trabalhar na rua um tempo para
ter esse “tino policial”, e muitos acham que é só chegar desligando o som e
falando meia dúzia de palavras que está tudo resolvido. Já foi assim um dia, e
em alguns lugares, hoje caro policial não. E se insistir vai ouvir um “eu eu eu
a PM se fud… na saída.
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