A
foto acima, e as que se seguem, são da Polícia da Dinamarca, país autor da
orientação de extinção das polícia militares brasileiras, em recente relatório
do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU)…
Nas
fotos, chama a atenção o uniforme, com brasão, insignias e posturas similares
às nossas polícias militares…
Ora,
se existe esta semelhança, a que se refere a recomendação da ONU (neste caso,
da Dinamarca) no sentido de “extinguir” as polícias militares brasileiras?
Provavelmente,
não é à estética militar que a ONU se refere, nem de aspectos como a deferência
a símbolos patrióticos ou a outros elementos que consolidam um status tradicional nas
polícias. Provavelmente, a crítica é direcionada ao vínculo legal existente
entre as polícias e o Exército Brasileiro, instituição que possui missões
específicas, bem diferentes daquelas ligadas à segurança pública.
A
defesa da ONU visa mais extinguir aspectos que levam as polícias brasileiras (e
aqui se deve incluir as polícias civis) a abrigar práticas de extermínio e mau
trato aos cidadãos, não obstante o discurso oficial de cidadania e comunitarismo.
Também visa eliminar o contexto interno de injustiças institucionais, que fazem
com que pequenos desvios sejam tratados como grandes crimes e estes sejam
vistos como necessários e interessantes à sociedade ou às corporações.
É
assim que se deve interpretar a recomendação da ONU: como quem defende polícias
que não prendam seus policiais por falhas administrativas, mas que sejam
rigorosas com a prática de crimes contra a pessoa humana. Polícias mais
eficientes, profissionalizadas, humanas, respeitosas e respeitadas. Eis o que é
acabar com as polícias militares (sejam elas civis ou militares) brasileiras.
Autor: Danillo
Ferreira - Tenente da Polícia Militar da Bahia, associado ao
Fórum Brasileiro de Segurança Pública e graduando em Filosofia pela UEFS-BA. |
Contato: abordagempolicial@gmail.com
Diário de PM/BM
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