quarta-feira, 1 de maio de 2013

Mortes em confrontos e a relatividade dos números



Não é novidade para quem acompanha as notícias sobre polícia e direitos humanos que todo ano alguma ONG divulga um relatório execrando as polícias, principalmente a PM, acusando uma corporação inteira de praticarem homicídios e, de maneira generalizada, justificar toda morte em confronto de “supostos” criminosos como execuções policiais.



É lógico que não pretendo justificar os assassinatos cometidos por agentes do Estado (veja bem, ASSASSINATOS e não estrito cumprimento do dever legal), esses devem ser combatidos como todo crime deve ser. Contudo, analisando os números por outra perspectiva é possível perceber que, ao contrário do que se propaga, as polícias – proporcionalmente – têm diminuído sua letalidade. De onde tirei isso?

Desse artigo, escrito por Humberto Wendling, Agente de Polícia Federal, em seu blogue. Segue trecho:

Mas, afinal, a polícia brasileira mata mais ou prende mais? Considerando os dados do Ministério da Justiça referentes à população carcerária no Brasil em 2010 (496.251 presos), pode-se afirmar que a polícia prende mais, pois 496.251 presos para 700.000 policiais representam 70,89% do potencial de trabalho sem violência da força policial, considerando que durante um ano cada criminoso tenha sido preso por apenas um policial. E não é só isso! 

A cada ano a população carcerária aumenta numa proporção maior que os óbitos provocados pela polícia. Só para você ter uma noção, de 2000 (232.755 presos) a 2010, a população nas unidades prisionais cresceu 113,20%. 

Além disso, outro relatório do Ministério da Justiça informa que as polícias militares e civis brasileiras prenderam 4.838.345 criminosos em virtude de delitos em flagrante, mandados de prisão e recaptura em 2007. O número de presos, eu repito, foi de 4.838.345. E você sabe quanto representa a morte de 1.693 pessoas (supostamente atribuídas aos policiais brasileiros) em relação ao total de presos? 0,03%.


Como podemos perceber, quando se trata de polícia a matemática nem sempre se torna uma ciência exata e os números podem ser manipulados da maneira que convém.


Diário de PM/BM

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