sexta-feira, 10 de maio de 2013

Crimes Hediondos




Lemos diariamente nos jornais, revistas, internet, etc, que aumenta a criminalidade. Mais pessoas são mortas por bandidos, pelo trânsito, por doenças.

 

É um mundo violento, ao extremo. Estar vivo hoje em dia é sinônimo de uma batalha constante pela sobrevivência. Este ano de 2010 é um ano especial em termos de crimes.

 

É o ano em que a consequência de crimes cujas vistas grossas da sociedade nos revelam. Crimes hediondos são cometidos todos os dias, por pessoas que não julgamos serem assassinos frios e calculistas, ou meros viciados em busca do sustento para a dependência química.

 

Falo do cidadão comum, que sai de casa cedo, que enfrenta a bestialidade do trânsito para chegar ao trabalho e retornar vivo para casa.

 

É em casa que acontece, dia após dia, crimes hediondos, contra todos, crimes ambientais. Sim, somos criminosos, responsáveis diretos pelos cataclismos que estão se apresentando desde o início do ano. Ficamos chocados quando vez que outra se fala em derretimento das calotas polares.

 

Mas e daí, eu moro em Brasília, no meio do cerrado, diria um cidadão. Pois o simples consumismo desenfreado, a falta de cuidados dentro de sua casa o transforma, assim como a maioria de nós, em assassinos.

 

Cada vez que voltamos do supermercado, da padaria, da oficina mecânica, inevitavelmente estamos cometendo esse crime de pouco valor social, esse crime que não comove, mas que destrói vidas e consome famílias inteiras nos desmoronamentos, nas enxurradas, nos alagamentos.

 

Sem contar problemas respiratórios, contaminação de alimentos e tudo mais que sempre ouvimos por aí e que no fundo não nos sensibiliza.

 

A pergunta que faço é: Quem de nós, cidadãos comuns, de bem, pacíficos, não comete diariamente um crime contra esse ínfimo planeta perdido no meio da via láctea?

 

Posso esperar algumas respostas positivas, mas a triste constatação é de que a maioria de nós é criminosa sim. Não separamos nosso lixo como deveríamos, consumimos embalagens demais, gastamos recursos naturais demais.

Quando o resultado de nosso desleixo vem em forma de acontecimentos naturais e destrutivos, lamentamos, achamos um horror, pedimos proteção para forças divinas, choramos as perdas. Mas no outro dia, voltamos a cometer os mesmos crimes hediondos de antes. Até quando? (*)

 

(*) Roberyk

 

Diário de PM/BM


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