Sempre
ouço policiais falando que estamos em outra policia, uma policia onde o
policial pode questionar, onde o policial é tratado com profissionalismo, uma
policia do futuro, mas infelizmente a todo momento temos provas que nada mudou,
e para falar a verdade em muitos aspectos está retrocedendo, e o que é mais
instigante, retrocedendo principalmente no trato do praça com o praça.
Estamos
tendo há algum tempo cursos de CTOP no Distrito Federal, onde policiais que já
compõe os Grupos Táticos Operacionais – GTOPs de suas unidades e os policiais
que tem interesse de participar dos grupamentos se inscrevem e fazem o curso no
Centro de Treinamento e Especialização. A grande maioria dos policiais que se
inscrevem no curso são pais de família, que ainda vibram nas ruas e querem se
especializar, mas aí começa a decepção do curso.
Ainda
temos policiais que sofrem do efeito TROPA DE ELITE, onde não se prima pela
técnica e aprendizado e sim pelo rala imbecil que a tanto tempo é enraizado em
cursos. Parecem palavras duras, mas molhar o policial no inicio do dia e fazê-lo assistir instruções molhado, não me parece
uma técnica de ensino adequado. Em que isso nos faz melhores policiais?
E
esse papo que o rala engrandece o guerreiro, que da dor sai o brio e bla bla
bla não convence, os que estão no curso são profissionais que tem inúmeros
elogios e dezenas e até mesmo centenas de flagrantes e estão lá para quem sabe
aprender algo (até agora aprender a assistir instrução molhado).
Temos
que começar a questionar essas coisas. Dois minutos para trocar o fardamento me
torna mais operacional nas ruas? Não somos forças de combate do exercito, nossa
guerra é contra o crime, e as instruções e forma de passá-las tem que ser de
acordo com isso.
Instruções
de abordagem, tiro e legislação são aulas necessárias, estas são matérias
esperadas, mas o tratamento que está sendo dispensado aos companheiros
GTOPIANOS por integrantes da ROTAM é no mínimo dispensável.
E
porque o treinamento tem que vir deles? São bons, operacionais, vibram, mas
esquecem que são policiais como todos nós.
No
edital informam que o curso será de 07h30min as 18h00min (o que já é um
exagero), mas esse horário é fictício já que os policiais estão prontos as 6 e
quase sempre saem depois das 22, isso para um curso de duração de 35 dias.
E as
famílias amigos onde fica? Não temos mais moleques na PMDF, todos são pais de
família que tem esposas e filhos em casa e já abrem mão dos seus lares para se
especializar. Agora chegam em um curso para serem sacaneados e tratados como
recrutas das forças armadas de país de terceiro mundo.
Isso
tem que mudar, essa mentalidade é ultrapassada e não colhe bons frutos. Será
que os instrutores têm no fundo é um pouco de invejinha pelo espaço que a mídia
e a PMDF dão aos resultados dos GTOPs? Somos todos policiais militares, o nosso
inimigo é outro, o marginal.
Vamos
parar com essa molecagem de destratar os policiais em curso, pois eles são
combatentes como vocês. E mais uma, o rato só age porque o gato deixa, onde
está a PMDF que não vê esses abusos em curso? Depois quer cobrar policiamento
comunitário. É cada uma.
Diário de PM/BM
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