sexta-feira, 16 de agosto de 2013

48mm




Suas mãos suavam frio. Uma onda de arrepio percorreu todo o seu corpo que estava estendido em cima da maca fria. Suas pernas tremiam, obrigando-a a espremer as coxas uma contra a outra.

Seus olhos irrequietos pareciam querer saltar das órbitas. O peito arfava, para cima e para baixo, num ritmo crescente. O pavor começou a tomar conta de seus pensamentos. Queria sua mãe, queria sair correndo dali.
 

A dor já lhe latejava a alma muito antes de senti-la no próprio corpo. O homem em pé ao seu lado, com uma agulha de 1,2mm de grossura e 48mm de comprimento que segurava com sua mão direita desprovida de pelos e com uma aranha tatuada entre o polegar e o indicador, fizeram seu pavor tomar proporções desconhecido para ela mesma.

Tinha medo da dor. Tinha medo de morrer. Era jovem demais para morrer.

Ele desabotoou a blusa branca, expondo a pele tão branca quanto à própria blusa, juntamente com o soutien de algodão, bordado com motivos florais e rendas a adornar os bojos.  

Calma e friamente, abriu o fecho daquela peça, posicionado entre os bojos, deixando à mostra toda a maciez daqueles seios cujas auréolas rosáceas e bicos enrijecidos, pintavam uma imagem angelical da anatomia feminina. Observou por breves instantes, perdido entre luxúrias.

Com o indicador e o polegar esquerdo em forma de pinça, segurou o mamilo esquerdo daquele jovem corpo estendido em cima da maca. Olhou-a nos olhos e viu o pavor refletido neles. Sua mão direita, armada com uma agulha aproximou-se até que a ponta desta encostasse no bico do seio.

Ela sentiu que gotas de urina começavam a percorrer sua uretra. Espremeu violentamente as coxas. O estalo da pele rompendo-se foi perceptível para ele, que continuou a empregar mais força na agulha até esta varar completamente a alva escultura.

Ela cerrou os olhos na tentativa de não sentir dor, mas não resistiu à ardência sentida. Sem forças para contrair a musculatura, sentiu suas coxas aquecerem-se pelo líquido quente que escapara de sua bexiga.

O coração parecia querer saltar-lhe pela boca. Não conteve as lágrimas que, mesmo sorrateiras, escapavam pelo canto de seus amendoados olhos.

Não demorou cinco minutos. Saiu do banheiro, pegou o dinheiro na bolsa e entregou ao homem. Despediu-se e tomou a calçada com um sorriso maroto estampado na face adolescente. Agora poderia exibir seu novo piercing às amigas da escola.

Autor: Roberyk


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