Suas mãos suavam
frio. Uma onda de arrepio percorreu todo o seu corpo que estava estendido em
cima da maca fria. Suas pernas tremiam, obrigando-a a espremer as coxas uma
contra a outra.
Seus olhos
irrequietos pareciam querer saltar das órbitas. O peito arfava, para cima e
para baixo, num ritmo crescente. O pavor começou a tomar conta de seus
pensamentos. Queria sua mãe, queria sair correndo dali.
A dor já lhe
latejava a alma muito antes de senti-la no próprio corpo. O homem em pé ao seu
lado, com uma agulha de 1,2mm de grossura e 48mm de comprimento que segurava
com sua mão direita desprovida de pelos e com uma aranha tatuada entre o
polegar e o indicador, fizeram seu pavor tomar proporções desconhecido para ela
mesma.
Tinha medo da dor.
Tinha medo de morrer. Era jovem demais para morrer.
Ele desabotoou a
blusa branca, expondo a pele tão branca quanto à própria blusa, juntamente com
o soutien de algodão, bordado com motivos florais e rendas a adornar os bojos.
Calma e friamente,
abriu o fecho daquela peça, posicionado entre os bojos, deixando à mostra toda
a maciez daqueles seios cujas auréolas rosáceas e bicos enrijecidos, pintavam
uma imagem angelical da anatomia feminina. Observou por breves instantes,
perdido entre luxúrias.
Com o indicador e o
polegar esquerdo em forma de pinça, segurou o mamilo esquerdo daquele jovem
corpo estendido em cima da maca. Olhou-a nos olhos e viu o pavor refletido
neles. Sua mão direita, armada com uma agulha aproximou-se até que a ponta
desta encostasse no bico do seio.
Ela sentiu que gotas
de urina começavam a percorrer sua uretra. Espremeu violentamente as coxas. O
estalo da pele rompendo-se foi perceptível para ele, que continuou a empregar
mais força na agulha até esta varar completamente a alva escultura.
Ela cerrou os olhos
na tentativa de não sentir dor, mas não resistiu à ardência sentida. Sem forças
para contrair a musculatura, sentiu suas coxas aquecerem-se pelo líquido quente
que escapara de sua bexiga.
O coração parecia
querer saltar-lhe pela boca. Não conteve as lágrimas que, mesmo sorrateiras,
escapavam pelo canto de seus amendoados olhos.
Não demorou cinco
minutos. Saiu do banheiro, pegou o dinheiro na bolsa e entregou ao homem.
Despediu-se e tomou a calçada com um sorriso maroto estampado na face
adolescente. Agora poderia exibir seu novo piercing às amigas da escola.
Autor: Roberyk
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