Paramos
a viatura em frente ao número 666 da Rua Gênesis. A mulher, aos prantos,
apontava para os fundos, mais precisamente para o sobrado nos fundo do terreno.
Rapidamente ela nos contou que seu ex-namorado estava lá, bêbado, drogado,
dizendo que iria se enforcar caso ela não reatasse o relacionamento. Ela não
queria mais, estava cansada de tanto apanhar. De ver toda noite aquele homem,
ou o que restou dele, chegar em casa embriagado, com fedor de prostíbulo e
perfume vagabundo. Cansou de ver aquilo que julgava ser sua alma gêmea, jogado
aos cantos da casa com uma seringa espetada no braço. Não mais, queria que ele
morresse, pois só assim livrar-se-ia de tanto sofrimento.
sábado, 31 de agosto de 2013
terça-feira, 27 de agosto de 2013
O DESESPERO DO POzeiro
Meus nobres leitores, a estória
de hoje é sobre necessidades fisiológicas do policial. Aparentemente o tema é
dos mais banais possíveis, porém nada pode ser mais falso do que essa
afirmação. Somente quem já passou por uma situação parecida com a do nosso
herói de hoje sabe do drama e desespero que pode acometer a um infeliz quando a
natureza o chama no momento e local errado.
segunda-feira, 19 de agosto de 2013
Aprendendo com as situações do modo difícil!
Quando
consegui escrever estas primeiras palavras, o relógio marcava 23h51 do dia 17
de novembro de 2010, pois eu estava imóvel diante do computador desde as 22h20,
assolado por um sentimento que me dominou desde a leitura, pela manhã, da
notícia sobre as mortes dos Agentes Mauro Lobo e Leonardo Matsunaga, e o estado
de saúde crítico do Agente Charles.
Leonardo
Matsunaga frequentou o curso de formação policial no primeiro semestre deste
ano, mas sua fisionomia me escapa da memória. Porém, o que não esqueço é que
fui um dos professores de tiro do APF Leonardo na ANP, sendo inevitável uma
análise íntima sobre o que se poderia fazer para melhorar o treinamento
policial para dificultar tragédias como a de hoje.
sexta-feira, 16 de agosto de 2013
48mm
Suas mãos suavam
frio. Uma onda de arrepio percorreu todo o seu corpo que estava estendido em
cima da maca fria. Suas pernas tremiam, obrigando-a a espremer as coxas uma
contra a outra.
Seus olhos
irrequietos pareciam querer saltar das órbitas. O peito arfava, para cima e
para baixo, num ritmo crescente. O pavor começou a tomar conta de seus
pensamentos. Queria sua mãe, queria sair correndo dali.
domingo, 11 de agosto de 2013
Estamos preparados para um confronto armado na folga?
Ontem quando saia de
serviço e vinha para minha residência passei por duas situações que me levaram
a refletir sobre o título dessa postagem: estou preparado para um confronto
armado?
terça-feira, 6 de agosto de 2013
Três cenas de uma Polícia Brasileira
Era
madrugada, a rodovia estava silenciosa, monótona. Para quebrar a tranquilidade,
e o sono, uma caminhonete apontava após a curva: som alto, gente batendo na
lataria com a mão para fora. Muita empolgação.
sexta-feira, 2 de agosto de 2013
O Drama das Transferências
Todo
militar sabe que ao longo da sua carreira, querendo ou não, possivelmente
servirá em diferentes unidades dispersas ao longo da extensão territorial de
sua corporação. Em alguns casos é possível escolher, noutros é preciso aceitar,
obviamente quanto mais satisfeito estiver o servidor com a localidade em que
trabalha, possivelmente seu rendimento será melhor, o que interessa à
Administração Pública segundo os princípios que a regem.
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