Às vezes temos que passar por algumas situações
para saber realmente se o que nos falam é tão ruim como relatado. A situação
que os policiais militares que trabalham em Postos Policiais Comunitários (PCS)
encontram em seu ambiente de trabalho é tremendamente insalubre.
Escalado para suprir a falta de um policial que
apresentou um atestado médico em um PCS fui a contragosto (trabalhando a muitos
anos em viaturas essa reação é normal) já cheguei constatando que o dia não
seria nada fácil, pois alguns itens básicos já estavam em falta no Posto
Policial. Água filtrada e papel higiênico não estavam disponíveis no ambiente.
Tudo bem que não iria prontamente reclamar, e
esperei alguns policiais que já trabalhavam em postos policiais passarem pelo
posto para indagar o porquê da falta dos itens, e para minha surpresa fui
informado que os postos que possuem sabonete, por exemplo, é porque os
policiais que lá trabalham levam, e não é só isso, detergente para lavar copos
e desinfetante para o banheiro.
Para almoçar fui ligar para uma das lanchonetes
próximas ao posto já que não podia fechá-lo (uma das trancas não existia, não
sei a causa) e liguei do meu celular já que o aparelho telefônico não
funcionava. Quando o Gestor do posto chegou questionei sobre essas falhas do
posto, até porque para um cidadão comum essa lista de falhas poderia ser culpa
não da PMDF e sim do gestor do posto policial que deixa tudo faltar ou deixar
de funcionar, mas ele me informou que tudo que o posto precisava para funcionar
minimamente bem já havia sido informado ao Batalhão e a resposta foi que o
material está em falta.
No começo da tarde o calor começou a tornar o posto
uma grande sauna, e a única arma para tentar diminuir o desconforto seria o
ventilador de teto, mas mais uma vez fui surpreendido com o fato de que o
apetrecho do posto não funcionava.
Quanto às ocorrências foram três nas 12 horas, dois
cidadãos pedindo informações sobre endereços e a última um funcionário do
Serviço de Limpeza Urbana informando que iria deixar seu carrinho de catar lixo
próximo ao posto.
Está certo que o policial que trabalha no posto
está lá para servir a população e não morar lá, mas se nem o mínimo de
condições alguns apresentam para o policial que trabalha lá fica complicado
para o combatente prestar um bom serviço. E para quem pensa que o posto
descrito acima fica em alguma satélite bem remota, informo que esta bem
enganado fica em uma das cidades com maior renda per capita do Distrito
Federal.(*)
(*) Fonte: DIÁRIO DE UM PM COMBATENTE
Diário de PM/BM
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