domingo, 24 de fevereiro de 2013

Um depressivo dia em um Posto Comunitário de Segurança








Às vezes temos que passar por algumas situações para saber realmente se o que nos falam é tão ruim como relatado. A situação que os policiais militares que trabalham em Postos Policiais Comunitários (PCS) encontram em seu ambiente de trabalho é tremendamente insalubre.
 

Escalado para suprir a falta de um policial que apresentou um atestado médico em um PCS fui a contragosto (trabalhando a muitos anos em viaturas essa reação é normal) já cheguei constatando que o dia não seria nada fácil, pois alguns itens básicos já estavam em falta no Posto Policial. Água filtrada e papel higiênico não estavam disponíveis no ambiente.

Tudo bem que não iria prontamente reclamar, e esperei alguns policiais que já trabalhavam em postos policiais passarem pelo posto para indagar o porquê da falta dos itens, e para minha surpresa fui informado que os postos que possuem sabonete, por exemplo, é porque os policiais que lá trabalham levam, e não é só isso, detergente para lavar copos e desinfetante para o banheiro.

Para almoçar fui ligar para uma das lanchonetes próximas ao posto já que não podia fechá-lo (uma das trancas não existia, não sei a causa) e liguei do meu celular já que o aparelho telefônico não funcionava. Quando o Gestor do posto chegou questionei sobre essas falhas do posto, até porque para um cidadão comum essa lista de falhas poderia ser culpa não da PMDF e sim do gestor do posto policial que deixa tudo faltar ou deixar de funcionar, mas ele me informou que tudo que o posto precisava para funcionar minimamente bem já havia sido informado ao Batalhão e a resposta foi que o material está em falta.

No começo da tarde o calor começou a tornar o posto uma grande sauna, e a única arma para tentar diminuir o desconforto seria o ventilador de teto, mas mais uma vez fui surpreendido com o fato de que o apetrecho do posto não funcionava.

Quanto às ocorrências foram três nas 12 horas, dois cidadãos pedindo informações sobre endereços e a última um funcionário do Serviço de Limpeza Urbana informando que iria deixar seu carrinho de catar lixo próximo ao posto.

Está certo que o policial que trabalha no posto está lá para servir a população e não morar lá, mas se nem o mínimo de condições alguns apresentam para o policial que trabalha lá fica complicado para o combatente prestar um bom serviço. E para quem pensa que o posto descrito acima fica em alguma satélite bem remota, informo que esta bem enganado fica em uma das cidades com maior renda per capita do Distrito Federal.(*)

 


 

Diário de PM/BM

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