Sabe
quando você sente ser apenas um número...? Uns podem, o número, não.
Imparcialidade, impessoalidade, moralidade? Carta Magna? Mas o número se lembra
que não pode reclamar, não pode mudar, porque existe o chavão: Você já sabia
que seria assim quando entrou.
De
tanto ouvir que merece essa condição, o número está passando a acreditar. Uma
mentira dita mil vezes torna-se verdade. E ainda tem que rezar, que
agradecer pelo que tem.
E
realmente ele reza e agradece, pela vida, pela saúde, pelo sacerdócio...
Afinal,
ele é apenas um número. Hoje está aqui, amanhã, em “Jampruca”. Será que ainda
existe vaga em “Jampruca”? A bem da disciplina, a bem da conveniência, a bem do
interesse público. Não importa a bem de de quê.
Falta
de planejamento, falta de água, falta de números... Número não precisa de água.
Número come em pé. Interesse público lesando o número sem gerar indenização.
Onde
está o princípio de que o interesse público deve prevalecer, mas com a devida
indenização aos prejudicados? O número deve aprender a baixar a cabeça e dizer
sempre “muito obrigado”, porque vão lhe contestar dizendo que “nada
está tão ruim que não possa piorar”.
Sempre
foi assim, quando vai mudar...? O número sempre foi apenas um número. Ele deve
ser bem disciplinado e só fazer pelo bem da nação, tudo pelo interesse público,
tudo o que lhe for ordenado, para ganhar, da comissão final, um diploma de
subserviente e de bem comportado.
Ele
merece, tudo vai bem, tudo legal...
Diário PM/BM
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