“Dormi só três horas desde a tragédia. Vamos cumprir nossa missão”, diz bombeiro
Em meio aos escombros, tenente-coronel lembra histórias de outras tragédias
Tragédias como o desabamento de três prédios no centro do Rio de Janeiro mostram o drama das famílias que buscam seus parentes, mas também revelam heróis, que na maior parte do tempo permanecem desconhecidos. O tenente coronel do Corpo de Bombeiros Luciano Sarmento é uma destas pessoas.
Com 16 anos de corporação, Sarmento comandou as ações de resgate em Ilha Grande, na tragédia de janeiro de 2010, trabalhou na tragédia da região serrana do Rio e, agora, é um dos cerca de 80 militares envolvidos nas buscas por vítimas do desmoronamento de três edifícios na capital. Apesar do cansaço do trabalho, acumulado com apenas três horas de sono, de quinta (26) para sexta-feira (27), ele diz que o trabalho não será interrompido enquanto ainda houver desaparecidos.
- Enquanto nós não conseguirmos resgatar todos os corpos ou as pessoas que puderem ainda estar com vida, não vamos interromper o trabalho. A gente não consegue sair do cenário sem a missão estar cumprida.
Ao lembrar os trabalhos que já realizou, o tenente-coronel conta com carinho da história do menino Nicolas, que foi regatado com vida, junto com o pai, em Nova Friburgo, na região serrana, horas após o desabamento da casa onde moravam.
- Fiquei das 10h da manhã às 10h da noite trabalhando. Nós conseguimos tirar ele com vida e sem nenhum arranhão, num cenário muito ruim.
Ao falar de uma situação oposta, a de encontrar um corpo, o bombeiro diz que há um misto de sentimentos.
- São duas sensações. A primeira é de não ter conseguido resgatar aquela pessoa com vida. A segunda é a de tranquilidade de ao menos dar um conforto para a família, que vai poder enterrar o ente querido.
Canção do Soldado do Fogo
LETRA
Letra: Ten. Sérgio Luiz de Mattos
Música: Cap Antônio Pinto Júnior
Música: Cap Antônio Pinto Júnior
Contra as chamas e lutas ingentes,
Sob o nobre e alvi rubro pendão,
Dos Soldados do fogo valentes
É, na paz, a sagrada missão;
E se um dia houver sangue em batalha,
Desfraldando a auri verde bandeira
Nossos peitos são férrea muralha,
Contra a audaz agressão estrangeira;
Sob o nobre e alvi rubro pendão,
Dos Soldados do fogo valentes
É, na paz, a sagrada missão;
E se um dia houver sangue em batalha,
Desfraldando a auri verde bandeira
Nossos peitos são férrea muralha,
Contra a audaz agressão estrangeira;
Missão dupla o dever nos aponta;
Vida alheia e riquezas salvar
E na guerra, punindo uma afronta,
Com valor pela pátria lutar
Auri fulvo clarão gigantesco;
Labaredas flamejam no ar;
Num, incêndio horroroso e dantesco,
A cidade parece queimar;
Mas não temem da morte os bombeiros
Quando ecôa d'alarme o sinal,
Ordenando voarem ligeiros,
A, vencer o vulcão infernal
Labaredas flamejam no ar;
Num, incêndio horroroso e dantesco,
A cidade parece queimar;
Mas não temem da morte os bombeiros
Quando ecôa d'alarme o sinal,
Ordenando voarem ligeiros,
A, vencer o vulcão infernal
Missão dupla o dever nos aponta;
Vida alheia e riquezas salvar
E na guerra, punindo uma afronta,
Com valor pela pátria lutar
Vida alheia e riquezas salvar
E na guerra, punindo uma afronta,
Com valor pela pátria lutar
Rija luta aos Heróis aviventa,
Inflamando em seu peito o valor;
Para frente, o que importa a tormenta;
Dura marcha, ou de sois o rigor;
Nem um passo daremos atrás,
Repelindo inimigos canhões;
Voluntários da morte na paz
São na guerra indomáveis leões;
Inflamando em seu peito o valor;
Para frente, o que importa a tormenta;
Dura marcha, ou de sois o rigor;
Nem um passo daremos atrás,
Repelindo inimigos canhões;
Voluntários da morte na paz
São na guerra indomáveis leões;
Missão dupla o dever nos aponta;
Vida alheia e riquezas salvar
E na guerra, punindo uma afronta,
Com valor pela pátria lutar.
Vida alheia e riquezas salvar
E na guerra, punindo uma afronta,
Com valor pela pátria lutar.
Diário de PM/BM
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