terça-feira, 25 de março de 2014

Tíbia e Líbia








Nem sempre o serviço do combatente possui ocorrências dignas de filmes, as vezes nos deparamos com situações bem rotineiras mas que fazem parte do serviço.

Há pouco tempo em patrulhamento por uma área menos favorecida da cidade em que trabalhamos como naqueles bairros com iluminação precária, o zero 2* da guarnição percebeu pelo retrovisor que um veículo sedã ia entrar na rua, quando percebeu a nossa viatura e freio seu carro iniciando uma ré. Neste momento estávamos a uns 50 metros do referido veículo.
 


Prontamente entremos na primeira rua à esquerda e voltamos ao local onde o carro suspeito havia dado ré para abordá-lo com segurança. Após alguns segundos já estávamos em condições de abordar o  veículo que havíamos visualizado.

“DEVE-SE EVITAR AO MÁXIMO RETORNAR PARA ABORDAR OU ATÉ MESMO A ABERRAÇÃO DE DAR RÉ PARA SE ABORDAR ALGUÉM QUE JÁ PASSAMOS, POR ISSO O PATRULHAMENTO TEM QUE SER FEITO EM VELOCIDADE REDUZIDA”

DESCREVENDO A ABORDAGEM







Primeiramente acionamos o rotolight, mas o condutor não parou o veículo, então acionamos a sirene e o veiculo parou. Agimos conforme praxe em abordagens a veículos, em semi desembarque solicitamos que desligassem o veículo e descessem o que foi feito pelos três ocupantes, e aí descobrimos o porquê do receio deles quando viram a viatura, todos estavam com sintomas de embriaguez.

Mas quem disse que bêbado não anda armado? Prosseguimos com procedimentos de segurança, e quando nosso zero 3* foi revistar um dos ocupantes ele pediu um pouco de cuidado com sua perna, já que havia sofrido um acidente e quebrados dois ossos, a tíbia e a líbia, foi quando mesmo com todo o profissionalismo exigido em uma abordagem caímos na gargalhada. O abordado bradava alto falando de seu acidente e de seus dois ossos fraturados, tíbia e Líbia. Deve ter sido um tombo feio para fraturar um osso e um país.

Após a parte que nos concerne, não achando drogas nem armas, chamamos uma viatura de Trânsito para assumisse a ocorrência.

 

*no serviço tático operacional os policiais normalmente não se chamam pelo nome, mas por códigos como zero 1, zero dois, stive, dentre outros. Na nossa guarnição zero 2 é o motorista e zero 3 quem faz a revista pessoal

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